
Inspirada pela passagem bíblica do milagre da multiplicação dos pães, Dra. Zilda apostou na multiplicação da informação médica. Pediatra, dedicou sua vida a salvar crianças, primeiro no Brasil, e depois, onde a mão solidária do Brasil chegasse.
Desenvolveu um método próprio de ensinar a mães pobres, educadores e voluntários como prevenir doenças fatais para crianças. Foi assim que, ainda em 1980, na coordenação da vacinação Sabin, acabou criando um método que foi adotado pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil. Foi assim também que engajou religiosos no acompanhamento da saúde e da educação de milhares de crianças, num esforço para suprir a precariedade das famílias que vivem na pobreza.
Esta experiência, a da Pastoral da Criança, criou uma rede voluntária impressionante de assistência social, que, em 25 anos, monitorou quase 2000 crianças menores de seis anos e mais de 1400 famílias pobres espalhadas por cerca de 4000 municípios.
A ideia e a capacidade de engajamento de Zilda Arns conquistaram 260 mil voluntários nesta tarefa. Gente que aplicou três princípios simples, de eficiência surpreendente: a visita domiciliar às famílias, o “dia do peso”, dedicado ao acompanhamento da desnutrição, e a reunião mensal de avaliação e reflexão. Traduzindo: atenção individualizada, informação e solidariedade – a fórmula do sucesso de Zilda Arns.
Que viva em nossa memória a lição de vida da médica das crianças pobres.
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